Sete Quedas em fotos

15 de Dezembro de 2020

Este arquivo contém um relevante acervo de imagens antigas e recentes das extintas Sede Quedas. Um portfólio que reúne cartões postais, selos, pinturas, banneres e fotos tiradas a partir do lado brasileiro e paraguaio.

Os migrantes para o projeto de colonização da Maripá e de outros projetos colonizatórios congêneres no Oeste do Paraná, tão logo que chegavam com suas mudanças ou antes, ouviam falar dessas duas extraordinárias maravilhas naturais existentes na região:  as extintas Sete Quedas as Cataratas do Iguaçu. Assim que surgia a oprtunidade, os pioneiros se dirigiam aos dois pontos para conhecê-los. 

Com a criação do reservatório da Itaipu Binacional, infelizmente as portentosas Sete Quedas sucumbiram na formação do lago para sempre. 

 

Observação: o acervo postado foi coletado em diversos perfis no Facebook e outras publicações. 

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O intelectual paranaense Romário Martins (1874-1948), em 1930,  se espaldou em decantar em linhas poéticas o surpreeendente encantamento e caprichos provocados pelas duas grandes maravilhas naturais paranaenses, em "Yára":
 

"Para a imponencia magestatica do "Rio Grande como o Mar" dos invasores guaranys que vieram Occidente, concorrem os quatro maiores rios dos planaltos do sul paulista, dos Campos Geraes, de Guarapuava e de Curityba, carreadores das águas que por toda parte, surtem no território paranaense alegrando a paisagem e propiciando a vida

É a região das Yáras.

O throno desse imperio é disputado pelas duas maravilhas da natureza que são os saltos de Santa Maria do Ygaussú e das Sete Quedas, — os maiores potenceaes hydraulicos da Terra. Em Santa Maria as aguas descem para os abysmos o manto alvinitente, erguem também até as nuvens o nevoeiro de prata que a luz de Cuarahy iriza como um signo de paz para as civilizações dos tres povos irmãos que ali se encontram.

Em Sete Quedas surte a força incoercivil das águas em tumulto abrindo caminho no basalto negro, rodando, vencedores, para o oceano.

Num e noutro genésico palácio dessas aguas diluveaes habitam as nynphas que encantam as almas ingenuas dos primeiros vindos: as Yáras seductoras e lindas, as louras creaturas maravilhosas como a Loreley de Heine, as morenas alucinantes como a Japyra da lenda de amor de Tayobá.

Parae ahi, peregrino, á beira dos remansos que escapam do torvelinho dessas águas, attentae no nevoeiro de espuma que catadupas fazem subir para o azul luminoso do céo: e vereis as Yáras tentadoras, lubricas e bellas, se offertarem aos vossos instinctos e se entregarem aos vossos desejos de belleza e de amor.

As Yáras são como Ambição. Incitam-nos com as seducções, enleiam-nos nos seus cabelos de ouro e nos seus braços desnudos, juntam-nos aos seus seios húmidos, beijam-nos em deliquios... mas nos levam, sorrindo, para o fundo do abysmo  (sic) (in: Illustração Paranaense - Mensario Paranista de Arte e Actualidades. Curitiba: ed. 2, p. 13 - Biblioteca Nacional Digital). 


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